Encontramo-nos num momento de mudança, a nossa sociedade esta a mudar, e podemos afirmar que o jornalismo tem de se modelar e acompanhar essas mudanças. A sua identidade e credibilidade é colocada em causa muitas vezes, e isto porque com o avanço das tecnologias surgiu o dito “jornalismo cidadão”, jornalismo intitulado como, “ um jornalismo de todos para todos, não fazendo distinção entre a informação dada por um qualquer cidadão e a informação dada por um jornalista.”

Podemos aplicar neste post o proverbio antigo “cada um é para o que nasce” e isto porque, como nos diz o texto “não é por cozinharmos que somos cozinheiros, ou não é por pintar uma parede que se é pintor” ou seja não é por publicarmos algo que somos jornalistas, pois um jornalista possui uma “qualificação especifica” que um comum cidadão não tem, e por mais que esteja a publicar algo que ainda não tenha sido publicado pelos meios de comunicação nunca se pode considerar uma notícia em sentido jornalístico. Uma notícia tem sentido de notícia quando a sociedade fala dela, quando um acontecimento se torna conversa de café, um jornalista tem o poder de tonar um acontecimento falado, isto porque “lhe dá o cunho noticioso”. De uma certa forma existe uma fórmula para acabar com o jornalismo cidadão, e é tão simples como, o jornalista dar ouvidos aos comuns cidadão e deixar de pensar que só ele tem capacidade para decidir o que é ou não notícia, pois pode ver no cidadão um aliado e não o “ladrão de notícias”, muitos dos cidadãos são leitores das publicações desses jornalistas e apenas querem contribuir com o seu parecer.

Logo, os jornalistas devem manter laços harmoniosos com as redes sociais e com os cidadãos e aí sim fazer de simples comentários e post noticias grandiosas e faladas, e deixar o seu leitor feliz.

(citações do texto “Especificidade Epistemológica do Jornalismo” de António Fidalgo)