Surgiu uma nova era do jornalismo, onde as inovações tecnológicas transformaram a informação numa “conversa”, na qual qualquer indivíduo dá a sua opinião. É o chamado jornalismo cidadão que dá a voz ao indivíduo, dando oportunidade aos leitores de terem uma palavra sobre temas que lhe interessam.

O jornalista deve aproveitar este jornalismo cidadão e pegar nos contributos que dele advêm. Gillmor defende que se pode e deve tirar partido desta tecnologia para implementar a discussão e a participação de todos os cidadãos. Os leitores já não se limitam a ser consumidores, transformaram-se agora em fontes e mediadores de informação.

Apesar de tudo isto, não se pode chamar jornalistas a qualquer indivíduo que dê informação. Jornalista é alguém que tem uma formação específica e não apenas alguém que forneça a informação graças às novas tecnologias. Sylvia Moretzsohn defende esta mesma ideia e faz a distinção entre jornalismo tradicional e jornalismo participativo, afirmando que o primeiro exige uma pré-selecção, enquanto o segundo publica tudo e só depois se faz a selecção.

Não se pode afirmar que um indivíduo qualquer que publique informação num blog seja um jornalista. Para além de não ter qualificação específica, não tem a credibilidade de um meio de comunicação. É claro que esta informação pode servir de muito para os jornalistas que podem pegar nela e dar-lhe o “cunho jornalístico”. Á parte disto, uma informação dada por um indivíduo não passa disso mesmo, uma publicação na internet.