Neste excerto podemos verificar a ascensão da Internet como meio de comunicação e de interactividade. Com a evolução das novas tecnologias, os sites e os blogues, o público começou a ter “mais poder sobre as notícias e a informação que é transmitida”. O jornalismo do cidadão tem hoje algum impacto na sociedade e como refere o texto “hoje em dia o leitor por vezes tem mais poder que o jornalista”, tendo que o próprio jornalista ter que mediar esse poder.
Outra passagem do texto também refere que “na defesa de um jornalismo de base, de cidadãos para cidadãos, Gillmor afirma por diversas vezes ao longo do livro que os seus leitores sabem mais do que ele e que isso altera radicalmente a forma como se faz jornalismo”. Assim podemos dizer que as novas tecnologias, e as redes móveis dão um enquadramento diferente ao que hoje é o jornalismo e como o leitor participa nele de forma cada vez mais directa, relatando e comentando acontecimentos in loco. Perante isto e segundo Gillmor o jornalismo está a entrar numa nova era, numa época onde as tecnologias “deram mais poder ao leitor”, e que na sua opinião as novas tecnologias permitem a qualquer comum cidadão assumir o papel de jornalista.

(A partir do texto “Especificidade epistemológica do Jornalismo”, de António Fidalgo)